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O percentual da mistura de etanol na gasolina aumentará. Hoje, está em 27%. Passará para 30% até 2030. A nova proporção consta do relatório do PL 4.516, conhecido como Combustível do Futuro. O projeto foi enviado pelo Executivo ao Congresso. Foca na transição energética. E amplia o uso de biocombustíveis. Além do etanol, há novas regras para o biodiesel e o SAF (Sustainable Air Fuel), sigla em inglês que significa combustível aéreo sustentável

Conforme informado pelo deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), Vice-Presidente da Câmara Temática de Armazenagem da FRENLOGI e relator da proposta, o texto será entregue à Câmara no início de fevereiro. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), convocou a 1ª sessão para o dia 5 de fevereiro, uma segunda-feira. O político paulista destaca contar com o apoio de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara.

Poder360 entrevista o deputado federal Arnaldo Jardim.

Outra definição que irá constar do relatório é que o percentual de biodiesel passará dos atuais 14% para 20% do total. Haverá previsão de que possa aumentar até 25%. A definição sobre o ritmo do aumento será do CNPE (Conselho Nacional de Politica Energética).

Investimento

A ampliação do percentual de etanol demandará investimento. Hoje, a indústria não tem capacidade instalada para aumentar o percentual no volume definido. Pelos cálculos de Arnaldo Jardim, será necessário investimento de R$ 200 bilhões.

 Esse valor, disse, virá todo do mercado privado. Segundo ele, trata-se de um investimento que terá resultados rápidos. A ampliação terá resultado imediato na venda de mais etanol, dado o aumento na mistura.

“Se o governo precisar investir, tem alguma coisa errada. Primeiro porque nós hoje vivemos uma situação fiscal muito apertada. O governo tem prioridades, necessidade de investir em questões que são mais imediatas, estou falando do ponto de vista social, da saúde, da educação, de questões emergenciais”, disse Arnaldo Jardim.

No caso do biodiesel, a indústria já tem capacidade instalada para ampliar a mistura. Não será necessário grande investimento de forma imediata.

Jardim rebate os argumentos de que, com o aumento do percentual de biodiesel e etanol, haverá uma pressão inflacionária no combustível.

“Essa análise [de que aumentar a mistura de etanol na gasolina e no biodiesel pode impactar negativamente a inflação] não resiste aos números. Esse foi um argumento usado no governo anterior, quando se diminuiu a mistura de 13% para 10%. Não incidiu em nenhuma diminuição do preço do diesel e agora o crescimento da mistura também não impactou no preço do diesel. Então a conta fecha”, disse.

Fonte: Poder360.