Compartilhe este post

Share on facebook
Share on linkedin
Share on twitter
Share on email

Serão implantados 383 quilômetros de novos trilhos, entre Mara Rosa (GO) e Água Boa (MT). Linha férrea possibilitará escoamento da safra produzida no Centro-Oeste até portos das regiões Sudeste e Nordeste.

O Governo Federal iniciou nesta sexta-feira (17) a construção dos 383 quilômetros iniciais da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), que vai ligar os municípios de Mara Rosa (GO) e Água Boa (MT). A linha férrea vai ajudar a expandir o escoamento da safra mineral e agropecuária produzida no Centro-Oeste em direção aos portos das demais regiões brasileiras. O evento fez parte da programação do “Setembro Ferroviário”, mês dedicado pelo Governo Federal à expansão do transporte por trilhos no país.

O lançamento das obras ocorreu no município goiano de Mara Rosa, e contou com as presenças do presidente da República, Jair Bolsonaro; do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas; do governador de Goiás, Ronaldo Caiado; e do presidente da Frenlogi, senador Wellington Fagundes. O evento ocorreu no ponto onde a linha férrea se conectará futuramente à Ferrovia Norte-Sul (FNS).

“A Fico vai ligar o Vale do Araguaia à [Ferrovia] Norte-Sul e, futuramente, ao litoral da Bahia, por meio da Fiol [Ferrovia de Integração Oeste-Leste]. É o início de um corredor logístico que integrará o Brasil de leste a oeste. A gente vai ver a carga do Centro-Oeste saindo pelo Porto de Santos (SP), de Itaqui (MA) e, muito em breve, pelo de Ilhéus (BA). Aqui em Mara Rosa, estamos vendo surgir o futuro”, comemorou Tarcísio de Freitas.

O ministro também destacou a forma como o projeto foi viabilizado. “Serão investidos nesta obra R$ 2,7 bilhões da outorga da renovação antecipada do contrato com a Vale pela Estrada de Ferro Vitória-Minas. Ou seja, graças ao mecanismo de investimento cruzado, a contrapartida no contrato de uma ferrovia está viabilizando um novo projeto para a expansão da nossa malha ferroviária”, explicou.

Tarcísio de Freitas também ressaltou a abertura de 4.600 novos postos de trabalho com essa etapa da construção. Os profissionais atuarão tanto na obra quanto em serviços relacionados a ela, em sua área de influência. “É isso que queremos, gerar emprego e renda a partir da expansão do transporte por trilhos, o que garantirá o escoamento de nossa produção, com frete mais baixo, aumentando a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional”, completou o ministro.

A Valec é a empresa pública que detém a concessão da futura ferrovia e conduzirá a obra. Coube à estatal elaborar os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental (EVTEA); o projeto básico, que indica o traçado que a linha férrea deverá percorrer; e obter a licença de instalação junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que permitiu a execução da obra. Segundo o Governo Federal, o contrato prevê que os primeiros 383 quilômetros devem ser implantados em até cinco anos.

A empresa explicou que os projetos da Fico foram adequados para garantir a sustentabilidade do empreendimento. Foi reduzida a quantidade de aterros previstos nos quilômetros iniciais da ferrovia com altura superior a 20 metros, o que permitirá a travessia de animais de um lado a outro da linha férrea e minimizará possíveis acidentes. O empreendimento vai beneficiar o agronegócio da região Centro-Oeste – que terá mais uma opção de transporte ferroviário de cargas para escoar a safra.

Já estão em andamento tratativas para expandir a Fico até Lucas do Rio Verde (MT). O projeto é avaliado pelo MInfra e deve ser realizado por meio do novo instrumento da autorização ferroviária, que foi instaurado através da Medida Provisória 1.065/2021.

Na abertura do Setembro Ferroviário, a VLI Logística apresentou proposta para investir R$ 6,4 bilhões na construção e operação de trecho com 557 km de extensão, a ser criado entre Lucas do Rio Verde e Água Boa. Segundo a proposta, esse segmento da Fico vai oferecer uma nova opção logística para o escoamento de cargas, principalmente de grãos, pelo Arco Norte do país.

Nos primeiros sete dias de vigência do novo instrumento das autorizações ferroviárias, o MInfra recebeu 11 pedidos de investidores privados interessados em operar ferrovias em 10 unidades da Federação A pasta aguarda novas solicitações serem protocoladas nos próximos dias. “São investimentos que, juntos, vão superar os R$ 60 bilhões”, celebrou o Governo Federal.

Investir em ferrovias é vital para aumentar a capacidade de escoamento da produção mineral e agropecuária brasileira. A Frenlogi defende a construção da Fico e trabalha para que novas linhas férreas sejam construídas em todo o Brasil. O modal ferroviário possui um dos melhores custos-benefícios no transporte de cargas. É mais barato, mais eficiente e degrada menos o meio ambiente. Essa será uma excelente oportunidade logística para o agronegócio e para o comércio exterior brasileiro.


Fonte: Ministério da Infraestrutura.