Operações no Porto de Santos. Matéria veiculada nesta quarta-feira, 01, pela revista Porto Gente, dá bem uma ideia das precauções que envolvem o trabalho portuário, em meio à pandemia do coronavírus, frente às especificidades do movimento dos portos.

O Porto de Santos, por exemplo, o maior da América Latina, permanece operacional, e de olho na retomada da economia chinesa, que deve incentivar o retorno de atividades mais intensas, no Brasil.

“A redução de operação na China está em fase final. O país começa a se recuperar e a nossa preocupação é que não haja um desbalanceamento na logística de equipamentos”. O comentário é do diretor executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), José Roque.

Covid-19

Contudo, há forte preocupação com o respeito aos protocolos de prevenção do Covid-19, diante das especificidades do trabalho portuário, e, especialmente, sobre o movimento das tripulações dos navios.

“O risco maior é permitir a descida e circulação dos tripulantes em terra. São os maiores vetores, pois acessam as áreas urbanas, frequentam bares e áreas de prostituição. Os navios devem também estar engajados nessas medidas preventivas junto a tripulação e higienização”, comenta o dirigente sindical.

José Roque acredita que a pandemia vai impactar nas operações portuárias e na distribuição de mercadorias. “O porto vai continuar trabalhando. Mas, com essa pandemia em nível mundial, sempre há impacto nos negócios na área de comércio exterior. O governo ficou de editar uma medida provisória para ajudar os trabalhadores avulsos, caminhoneiros e autônomos.”

Há no Porto de Santos instalado um Comitê da Crise, que tem o objetivo de definir as ações que têm de ser tomadas em relação ao coronavírus. A preocupação central do órgão é com a saúde dos trabalhadores e com a movimentação de cargas. O comitê é formado por empresários, trabalhadores e autoridades do porto paulista.

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