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Infraestrutura sustentável pode movimentar R$ 3,5 tri no Brasil até 2040, diz estudo

Investimentos em infraestrutura sustentável podem movimentar cerca de 3,5 trilhões no Brasil até 2040, segundo estudo encomendado pelo Prosperity Fund, fundo de cooperação entre Reino Unido e outros países.

O estudo “Oportunidades de Investimento em Infraestrutura Sustentável” lista oito setores – energia de baixo carbono, iluminação pública, saneamento, resíduos sólidos, portos e hidrovias, telecomunicações e transporte urbano – que podem, aliados a investimentos, criar cerca de 2,4 milhões de empregos e acrescentar R$ 3,5 trilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil nos próximos 20 anos.

O material tem inspiração num programa criado há cerca de uma década no Reino Unido, que criou um banco público para catalisar investimentos em infraestrutura que promovem a chamada “economia verde” e ajudaram a recuperar a economia atingida pela crise de 2008-09.

Assim como ocorreu lá, os autores do estudo recomendam que o Brasil amplie o apoio às agências reguladoras, faça ajustes na política de concessão de subsídios, e amplie o uso de parcerias público-privadas em municípios, entre outros, para atrair o capital privado necessário para preencher lacunas. As ações contribuiriam para ajudar a reduzir os custos de capital e tornaria os projetos mais sustentáveis também do ponto de vista financeiro.

Só para projetos de energia limpa e de telecomunicações, o estudo afirma que o Brasil pode atrair quase 2 trilhões de reais, criar cerca de 1,72 milhão de empregos e gerar um valor agregado de R$ 2,7 trilhões.

A lista de obstáculos para colocar as ações em prática inclui baixar impostos para componentes de tecnologias solar e eólica, reduzir custos para tecnologias inovadoras que ampliem a competitividade dos biocombustíveis em relação aos fósseis, e outros.

O relatório estima que projetos de saneamento devem responder por 14% dos investimentos totais, para atender cerca de quatro milhões de pessoas sem acesso a água potável e 24 milhões sem saneamento básico. Obras para transporte urbano e portos e hidrovias aparecem a seguir com 14% e 11% dos investimentos, respectivamente.

O estudo não leva em conta os impactos potenciais nas premissas de investimento provocadas pela pandemia da Covid-19 e tende a ser atualizado até o final do ano, segundo Katia Fenyves, gerente do Brazil Green Finance Programme, autor do estudo.

A Frenlogi apoia e incentiva investimentos em infraestrutura sustentável e tecnologia verde no Brasil. A Frente atua junto ao Governo Federal, empresas e instituições para criar legislações no Congresso Nacional que beneficiem o setor produtivo e logístico brasileiro.

Em um momento em que o planeta enfrenta alta demanda de commodities e diversos impactos ambientais provocados por atividades econômicas predatórias, a Frenlogi acredita que promover a utilização de tecnologias verdes e renováveis é uma das soluções para tornar o Brasil mais autossustentável e competitivo no mercado internacional. Além de gerar empregos e trazer qualidade de vida ao brasileiro, também capacita a economia nacional para competir de maneira equânime com instituições estrangeiras.

Fonte: Uol/Reuters

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