Você está visualizando atualmente Comissão de Infraestrutura do Senado aprova ampliação de fontes renováveis na matriz energética

Comissão de Infraestrutura do Senado aprova ampliação de fontes renováveis na matriz energética

Projeto de Lei do Senado 712/2015 propõe a redução do uso de combustíveis fósseis e maior uso de tecnologias de baixo impacto de carbono. Sessão foi conduzida pelo senador Dario Berger (foto), presidente da CI e integrante da Frenlogi.

A Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado Federal aprovou nesta terça-feira (30) um projeto de lei que insere a ampliação das fontes renováveis na matriz energética nacional entre os objetivos de políticas públicas. Caso os senadores não requeiram a votação do projeto em Plenário, o PLS 712/2015 seguirá para a Câmara dos Deputados. A sessão foi conduzida pelo senador Dario Berger (MDB-SC), que é presidente da CI e integrante da Frenlogi.

O texto foi apresentado em 2015 pelo então senador Cristovam Buarque e teve como relator o senador Lasier Martins (Podemos-RS). A matéria altera a Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei 12.187, de 2009). Para aumentar a participação das fontes renováveis na oferta interna de energia, o projeto incentiva a utilização de tecnologias de baixo impacto de carbono, a redução das emissões de carbono provenientes de combustíveis fósseis, a introdução competitiva de energias renováveis e a busca por uma maior eficiência energética.

O projeto original do ex-senador Cristovam Buarque previa um incremento mínimo de 60% das fontes renováveis na matriz brasileira até o ano de 2040. Entretanto, o relator argumentou que essa meta seria excessivamente ousada. “Elevar esse percentual já a 60%, como proposto no projeto, excede a capacidade técnica e tecnológica do país de alcançar a meta e pode onerar a oferta interna de energia”, avalia Lasier Martins.

Ao invés de fixar uma meta, o parlamentar delegou a atribuição à Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia que é responsável pela elaboração do Plano Nacional de Energia (PNE). O PNE mais recente foi publicado em 2013 e abrange análises até o ano de 2050.

O texto substitutivo apresentado pelo relator também insere na Política Nacional sobre Mudança do Clima uma definição técnica para o termo “oferta interna de energia”. Pela redação, o termo passa a ser entendido como a soma do consumo e das perdas no armazenamento, na transformação e na distribuição. O texto original trazia uma definição mais genérica, que foi alterada para seguir o consenso internacional sobre o termo.

O PLS 712/2015 não foi aprovado por todos os parlamentares presentes na sessão. O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) apresentou um voto em separado que buscava recuperar o texto original de Cristovam Buarque. “A meta de 60% não é apenas factível. É mais do que isso. É uma meta necessária”, justificou Contarato. O senador explicou que o Brasil e o mundo já enfrentam pesados efeitos climáticos causados pelo aquecimento global e pela destruição da natureza; por isso, faz-se necessário inserir e perseguir metas mais ousadas quanto à sustentabilidade da produção de energia.

O parecer do senador Lasier Martins foi aprovado pela Comissão de Infraestrutura, e o voto em separado não chegou a ser apreciado.

A Frenlogi trabalha para estimular a adoção de políticas ambientais e legislações que aliem modernização da infraestrutura, desenvolvimento econômico e proteção à natureza. Investir em ações sustentáveis não é mais uma opção: é uma necessidade. Diversos países do mundo exigem comprovações documentais de que parceiros comerciais prezam pela preservação da natureza ao realizar negócios.

Além disso, o futuro de todos os habitantes do planeta depende das ações tomadas hoje. A Frente atua no Congresso Nacional para aprovar leis e destinar investimentos que prezem pela segurança energética e proteção ao meio ambiente.

Fonte: Agência Senado