Na última segunda-feira (26), o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, assumiu o centro do palco no evento P3C em São Paulo, uma plataforma de discussão sobre Parcerias Público-Privadas (PPPs) e Concessões, para revelar os planos ousados do governo brasileiro em relação aos investimentos em infraestrutura nos próximos anos.

Costa Filho, durante sua participação no evento, destacou a urgência de promover o desenvolvimento dos portos brasileiros, ressaltando a importância crítica dessas estruturas para a balança comercial do país. Com um recorde de US$ 90 bilhões nas exportações este ano, impulsionado principalmente pelo crescimento do agronegócio, o ministro enfatizou a necessidade premente de modernizar e expandir os portos para atender à crescente demanda.

“Estamos em um processo de fortalecimento desta pasta, ao lado do nosso presidente Lula, e de todos que fazem o governo”, declarou Costa Filho. Ele delineou metas ambiciosas, anunciando um aumento significativo nos investimentos, com a expectativa de chegar a R$ 2 bilhões ainda este ano. Esse montante representa um salto substancial em comparação aos modestos R$ 690 milhões investidos em 2022. Tais fundos serão direcionados para diversas melhorias, incluindo dragagens e requalificação de estruturas portuárias, visando aprimorar tanto os portos públicos quanto os delegados.

No setor aeroportuário, Costa Filho reiterou o compromisso do Governo Federal com a regionalização aeroportuária, visando impulsionar o desenvolvimento econômico em todas as regiões do país. Ele anunciou um aumento significativo nos investimentos para a Aviação Regional, com uma previsão de mais de R$ 500 milhões em 2024, em comparação aos R$ 125 milhões investidos no final do governo anterior. Além disso, foi revelado um investimento monumental de R$ 2 bilhões para a expansão e modernização do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Uma novidade promissora foi a menção da criação da Secretaria Nacional de Hidrovias dentro do Ministério de Portos. Costa Filho destacou a importância estratégica das hidrovias para o transporte de cargas e passageiros, apontando para o vasto potencial inexplorado dos rios brasileiros. “O Brasil possui 18 mil quilômetros de hidrovias navegáveis, mas temos a capacidade de expandir isso para 42 mil quilômetros”, afirmou o ministro, revelando um vislumbre do futuro ambicioso que o país almeja alcançar nesse setor crucial da infraestrutura.