Os investimentos estimados pelo governo do estado são de R$ 151 milhões. Governador Romeu Zema mencionou interesse em privatizar a Codemig, Copasa e Cemig.

O Grupo CCR foi o vencedor do leilão que passou à iniciativa privada a gestão do Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, conhecido como Aeroporto da Pampulha, na capital mineira. O certame foi realizado nesta terça-feira (5) na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) e o grupo arrematou o terminal com um lance de R$ 34 milhões de outorga fixa.

A CCR é a atual concessionária que administra o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, e também é responsável por terminais no Equador, na Costa Rica e em Curaçao. O grupo disputou o Aeroporto da Pampulha com o Consórcio ASA, que ofereceu R$ 33 milhões. O lance mínimo era de R$ 9,8 milhões.

O Governo de Minas Gerais estima investimentos de R$ 151 milhões na infraestrutura do aeroporto. Deste total, cerca de R$ 65 milhões serão investidos nos primeiros 36 meses, principalmente na construção de um terminal de aviação geral, sistema de pistas de táxi, recuperação parcial do pavimento da pista e preparação para novos hangares. Já a arrecadação de impostos está estimada em R$ 99 milhões.

O Aeroporto da Pampulha tem quase 30 hangares. Nos últimos cinco anos, a média de passageiros no terminal foi de cerca de 325 mil por ano. O aeroporto atende o tráfego de aeronaves da aviação executiva e da aviação geral, sendo um dos principais polos de manutenção de aeronaves e helicópteros do Brasil.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, comemorou o sucesso do leilão. “As privatizações são fundamentais. A iniciativa privada tem mais agilidade, tem muito mais condições de gerir do que o poder público”, avaliou. Zema também manifestou interesse em privatizar grandes ativos de Minas Gerais, como a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).

O senador Antonio Anastasia, vice-presidente da Câmara Aeroportuária da Frenlogi, comemorou o resultado positivo do leilão. Para o parlamentar, o fato do grupo CCR ser o gestor tanto do Aeroporto de Confins quanto o da Pampulha ajuda a tornar o sistema aéreo de Minas Gerais mais integral e conectado.

“Com essa complementariedade garantida por essa licitação, dentro dos critérios do edital, e com a decisão do Tribunal de Contas da União que reafirma a completa legalidade desse modelo, fico muito feliz em perceber que um ciclo se fecha e uma nova oportunidade se abre para o desenvolvimento da infraestrutura do nosso Estado”, celebrou Anastasia.

As concessões dos aeroportos, portos e rodovias do Brasil à iniciativa privada são uma boa forma de desenvolver a infraestrutura nacional. Os usuários exigem serviços melhores, a iniciativa privada quer oportunidades de negócios e o Governo precisa de recursos para se concentrar nas demandas mais urgentes da população – a exemplo da saúde e da educação.

A Frenlogi apoia as concessões de equipamentos de infraestrutura, e destaca que o Brasil precisa modernizar seus sistemas de transporte e frete para atender as demandas do mercado internacional. A Frente trabalha a favor do país, e está sempre ao lado do Governo Federal, do setor produtivo, dos transportadores e do povo brasileiro para garantir a retomada da economia nacional.

Fonte: Portal G1