Você está visualizando atualmente CNT faz balanço da execução das obras de infraestrutura de transporte no Brasil

CNT faz balanço da execução das obras de infraestrutura de transporte no Brasil

Modal rodoviário foi o que mais recebeu projetos de modernização em 2020

De um total de 92 projetos de infraestrutura de transporte entregues no ano passado pelo Governo Federal, 86 estavam sob gestão pública e seis sob gestão privada (concessões novas ou existentes). Por outro lado, em 2019, de um total de 91 projetos entregues, apenas 26 estavam sob responsabilidade da União e 65, dos entes privados. O levantamento é da Confederação Nacional do Transporte (CNT) com base nos balanços disponibilizados pelo Ministério da Infraestrutura.

Em 2019, a maior parte dos projetos entregues pelo governo federal era do modal aeroviário (17). No ano seguinte, os projetos rodoviários constituíram maioria (61) e contemplaram tanto construção como adequação da infraestrutura viária existente. Em 2020, os modais aquaviário e ferroviário foram os menos contemplados (12 e 1, respectivamente).

Os dados disponibilizados pelo governo mostram um tímido avanço na malha rodoviária federal sob gestão pública. Entre 2019 e 2020 foram construídos apenas 315,4 km de rodovias, o que representa um acréscimo de 0,6% aos 52.916,2 km de malha que existiam em 2018. Nos últimos 10 anos, a extensão total das rodovias federais (sob gestão pública e concedida) cresceu somente 2,6%.

A adequação e a duplicação de rodovias federais sob gestão pública também apresentam uma evolução pequena, em um comparativo dos últimos dois anos em relação a 2018. Obras de duplicação realizadas em 2019 e 2020 corresponderam a um aumento de 51,3 km e 228,1 km de extensão, respectivamente. Apesar do acréscimo, a extensão de rodovias duplicadas representa, hoje, menos de 6% da malha rodoviária federal sob gestão pública.

As obras de adequação também não foram robustas. Em 2019 e 2020, corresponderam, respectivamente, a um aumento de 0,01% e 1,6% da extensão da malha rodoviária federal sob gestão pública que existia desde 2018 (52,9 mil km).

A análise realizada pela CNT demonstra a necessidade de mais investimentos públicos no setor, fundamentais para a manutenção e expansão mais vigorosas nos trechos que não possuem atratividade à iniciativa privada e que, portanto, não podem ser concedidos.

É necessário o emprego maciço de recursos – públicos e privados – para modernizar e expandir a infraestrutura de transportes brasileira. A Frenlogi defende mais investimentos na área para impulsionar a cadeia logística brasileira. Além de melhorar a trafegabilidade nos modais, os investimentos têm o poder de diminuir o desgaste no transporte, aumentar a segurança, reduzir custos, abreviar prazos de entrega e acelerar a retomada da economia nesse momento de crise.

Fonte: Confederação Nacional do Transporte (CNT)