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Até 5.000 empresas podem optar por recuperação judicial

Recuperação judicial é alternativa que vem batendo às portas de milhares de empresas, no país. Precipuamente por conta da crise provocada pelo coronavírus, que atinge frontalmente a economia brasileira.

De acordo com matéria do O Globo, nesta terça-feira, 19, especialistas estimam que de 2 mil a 5 mil negócios devem pedir socorro à Justiça. O pedido de recuperação visa evitar legalmente o pedido de falência.

Conforme o texto do jornal fluminense, será um número superior ao recorde atual de 1.863 casos, registrados em 2016. Assim, mesmo que o realizado seja o piso das estimativas. Portanto, bem acima do verificado no ano passado. Isto é: quando 1.387 empresas recorreram à Justiça para reorganizar os negócios e evitar o fechamento.

Porém, segundo os especialistas, citados por O Globo, a onda de pedidos de recuperação está apenas no início. Com o tempo, deve afetar em particular os setores que mais sofreram até agora, como aviação civil e turismo.

Crescimento rápido

Os casos de recuperação judicial, que atualmente giram entre 100 e 200 por mês, devem chegar a 400 em agosto. Assim, segundo levantamento da consultoria Alvarez & Marsal, que prevê até 2.500 pedidos de proteção judicial em 2020.

As empresas costumam ter caixa para aguentar até três meses após um choque como a pandemia, disseminada pelo país a partir de março, diz Leonardo Coelho, sócio-diretor da consultoria, conforme cita O Globo. 

Além disso, medidas do governo federal, como as reduções salariais permitidas pela MP 936 e novas linhas de crédito dos bancos ajudaram a “achatar a curva” dos pedidos até agora.

“Daqui para frente, os números podem subir violentamente caso a pandemia avance e medidas mais restritivas de isolamento social sejam tomadas”. A opinião é, também, do consultor Leonardo Coelho. 

Pelo que prevê o especialista, mais pedidos de recuperação judicial em estados onde as restrições à circulação demorarão mais para serem abolidas por causa do alto número de infectados pela Covid-19, como São Paulo e Rio de Janeiro.

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