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Rota Amazônica pode ser entregue na COP30, diz Simone Tebet

Governador do Amazonas, Wilson Lima, ministra do Planejamento, Simone Tebet, e ministro de Portos, Silvio Costa Filho, durante navegação no Rio Amazonas (2024). Foto Alex Pazuello

A parte brasileira da Rota Amazônica, a segunda das cinco Rotas de Integração Sul-Americana, pode ser concluída até a COP30, prevista para novembro deste ano em Belém (PA). A informação foi compartilhada pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, durante reunião com a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, e sua equipe, em fevereiro.

Tebet afirmou que a rota, que é totalmente fluvial, terá a dragagem finalizada em agosto. Além disso, a instalação  da aduana da Receita Federal em Tabatinga (AM), um processo que já está em andamento, ainda precisa ser concluída.

Ao apresentar as cinco rotas a Belchior, Tebet ressaltou a capacidade do Brasil de impulsionar a integração com os países vizinhos e expandir o comércio intrarregional. Atualmente, o fluxo de importações e exportações entre as nações sul-americanas corresponde a apenas 15% do comércio total da região, o que representa o menor percentual entre as diversas regiões do mundo.

A ministra também mencionou que ainda há US$ 7 bilhões disponíveis para financiamento externo dos países da região, dos US$ 10 bilhões anunciados no final de 2023 por Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o CAF – banco de desenvolvimento da América Latina e o Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata).

Estratégia Brasil 2025-2050

Outro tema discutido na reunião foi a Estratégia Brasil 2025-2050, que servirá como principal guia para o planejamento de longo prazo do país. A estratégia deverá ser entregue ao presidente da República em julho deste ano e oficialmente apresentada durante a COP30. Tebet destacou que países europeus têm planos semelhantes, enquanto a China adota um horizonte de planejamento de 100 anos.

A construção da estratégia se baseia em três questões centrais: “Que país somos hoje? Que país queremos ser nos próximos 25 anos? Como faremos para chegar lá?”. A ministra explicou que, após ouvir todos os ministérios no ano passado e realizar uma análise institucional retrospectiva, o governo agora realizará encontros por todo o Brasil. O ciclo de debates, chamado “Diálogos para o futuro”, começará no Rio de Janeiro, no dia 17 de março, e envolverá representantes da sociedade civil na elaboração do planejamento estratégico.

Rotas de Integração Sul-Americana

Em novembro de 2024, o Governo Federal lançou o Relatório 2024 do projeto Rotas de Integração Sul-Americana, que apresenta informações sobre 190 obras em 11 estados fronteiriços, com investimentos inseridos no Novo PAC. O objetivo das rotas é fortalecer o comércio entre o Brasil e os países da América do Sul, além de reduzir o tempo e o custo do transporte de mercadorias entre o Brasil, seus vizinhos e a Ásia. Uma melhoria logística de grande proporção.

As cinco rotas são:

Rota 1: Ilha das Guianas (Roraima, Amazonas, Pará e Amapá — Guiana Francesa, Suriname, Guiana e Venezuela)

Rota 2: Amazônica (Amazonas — Colômbia, Peru e Equador)

Rota 3: Quadrante Rondon (Acre, Rondônia e Mato Grosso — Peru, Bolívia e Chile)

Rota 4: Bioceânica de Capricórnio (Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina — Paraguai, Argentina e Chile)

Rota 5: Bioceânica do Sul (Santa Catarina e Rio Grande do Sul — Uruguai, Argentina e Chile)

Fonte: Rota Bioceânica, Mato Grosso do Sul.