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Valor do diesel aumentou 6,3%, enquanto gasolina sofreu alta de 3,7%. Reajuste vai impactar custos do frete no país.

A Petrobras informou nesta segunda-feira (5) que o preço dos combustíveis vai aumentar a partir desta terça-feira (6). Esse é o primeiro aumento realizado na gestão do general Joaquim Silva e Luna, e é motivado pelos altos preços do petróleo no mercado internacional – além da valorização do dólar frente ao real.

Os preços médios de venda de gasolina e diesel da Petrobras para as distribuidoras passarão a ser de R$ 2,69 e R$ 2,81 por litro, o que significa reajustes médios de R$ 0,16 (6,3%) e R$ 0,10 por litro (3,7%), respectivamente. A estatal também anunciou que o preço médio de venda de gás liquefeito de petróleo (GLP) para as distribuidoras passará a ser de R$ 3,60 por kg, um aumento médio de R$ 0,20 (6%) por kg.

No acumulado do ano, o diesel da Petrobras subiu cerca de 40%, enquanto a gasolina avançou 46%. Já o petróleo Brent acumula alta de cerca de 50%. A avaliação de transportadoras e caminhoneiros é que o custo do frete vai aumentar no Brasil – o que pode causar um efeito cascata em praticamente todos os bens de consumo no país.

“Importante reforçar o posicionamento da Petrobras que busca evitar o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais”, informou a estatal em nota. “Os preços praticados pela Petrobras seguem buscando o equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor dos produtos e da taxa de câmbio, para cima e para baixo.”

O repasse dos reajustes nas refinarias aos consumidores finais nos postos depende de uma série de questões, a exemplo da margem de distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de etanol anidro e biodiesel. Em junho, a Petrobras reduziu o preço da gasolina em 2%, mas manteve o do diesel.

Em abril, o general Joaquim Silva e Luna assumiu o comando da estatal depois que o presidente Jair Bolsonaro fez uma série de críticas aos reajustes de preços de combustíveis praticados na gestão de Roberto Castello Branco.

O aumento dos preços dos combustíveis acontece uma semana após o reajuste de 52% na bandeira vermelha patamar 2 das contas de luz, que foi decidido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A Frenlogi vê com preocupação os recentes encarecimentos energéticos no Brasil. O alto custo da energia elétrica e dos combustíveis pode frear a retomada da economia, além de influenciar negativamente na inflação e na inevitável escalada de preços para todos os consumidores.

O custo do frete rodoviário é diretamente ligado ao preço dos combustíveis. O aumento desse custo eventualmente será repassado para os produtores, comércios, transportadoras e para todos os brasileiros. Por isso, é importante dar mais opções logísticas para quem produz no país.

O transporte ferroviário – que é reconhecidamente mais barato que o rodoviário – pode ser uma opção para os transportadores. Porém, também é necessário reduzir encargos e burocracias que elevam o preço de quem transporta pelas rodovias do país. A Frente atua no Congresso Nacional e juntamente ao Governo Federal para mudar legislações e buscar soluções para o Brasil.


Fonte: Portal G1