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Movimentação atingiu 1,21 bilhão de toneladas de cargas, segundo balanço da Antaq.

Os portos brasileiros movimentaram 1,21 bilhão de toneladas de cargas em 2021. O número representa um avanço de 4,8% em comparação com o resultado de 2020. O balanço inclui o desempenho dos portos públicos e dos terminais privados.

“São números muito positivos que mostram o sucesso do programa de arrendamento e do BR do Mar, programa que envolve todo o potencial do nosso setor com a cabotagem e que pode ser alavancado ainda mais”, avaliou Eduardo Nery, diretor-geral da Antaq.

Para 2022, a autarquia projeta que os portos nacionais movimentarão 1,239 bilhão de toneladas – aumento de 2,4% em relação ao total de 2021. Para 2025, a expectativa da agência é que o setor portuário nacional movimente 1,360 bilhão de toneladas; já em 2026, a quantidade movimentada deve atingir 1,402 bilhão de toneladas.

Destaques
Um dos segmentos de carga que mais expandiram em 2021 foi o de contêineres, que cresceu 11,3% e alcançou 60,1 milhões de toneladas transportadas. Os contêineres representam 11% de todo o volume de cargas movimentadas.

A carga de granéis sólidos (que representou de 58% de todos os bens movimentados) aumentou 1,8% em 2021 em comparação com o ano anterior. No total, o setor transportou 703,6 milhões de toneladas.

A escassez de chuvas entre 2020 e 2021 atrasou o plantio de milho no ano passado. Com isso, o volume transportado em 2021 sofreu uma queda de 35,6% no volume transportado. Ao todo, o setor movimentou nos portos 31,1 milhões de toneladas no último período.

A carga de granéis líquidos alcançou 313,7 milhões de toneladas no ano passado –expansão de 8% frente ao total de 2020. A carga geral solta teve alta de 11% na movimentação em 2021, alcançando 60,1 milhões de toneladas.

Já o minério de ferro movimentou 370,4 milhões de toneladas em 2021, com alta de 4% em relação a 2020. Esse produto representa o maior volume de carga movimentada nos portos brasileiros.

Destinos
Os estudos da Antaq mostram que 51% dos bens exportados a longo curso pelo Brasil vão para China. Nas importações, os principais parceiros comerciais são os Estados Unidos (24%), a China (11%), a Rússia (7%) e a Argentina (6%).

No ano passado, o setor portuário privado – que atua por meio de Terminais de Uso Privado (TUPs) – apresentou crescimento de 4,98% na movimentação de cargas. Superou a média do setor, que inclui os portos públicos organizados. Ao todo, foram 801 milhões de toneladas de carga movimentadas no ano passado pelos TUPs, contra 760 milhões em 2020.

O bom resultado apresentado pelos portos brasileiros mostra a força do setor logístico nacional. O Instituto Brasil Logística produz estudos técnicos, avaliações, levantamentos e propostas legislativas para fomentar cada vez mais a matriz de transportes do país. E para continuar a crescer, os terminais portuários nacionais precisam da volta do Reporto.

A continuidade do programa foi vetada pelo presidente Jair Bolsonaro em janeiro de 2022. O regime tributário foi instituído em 2004 para desonerar e incentivar investimentos em equipamentos utilizados no setor portuário brasileiro, mas perdeu validade no fim do ano passado. O dispositivo foi incluído no projeto de lei que institui o programa BR do Mar (que concedeu estímulos ao transporte de cabotagem), mas não foi sancionado pelo Poder Executivo federal.

O IBL defende a derrubada do veto no Congresso Nacional, e continuará a trabalhar junto a deputados e senadores para demonstrar que o Reporto é essencial para a economia brasileira.


Fonte: Valor Econômico