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Pesquisa revela perfil dos caminhoneiros autônomos brasileiros

A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) divulgou os dados da pesquisa nacional “Realidade do Transportador Autônomo de Cargas 2024”, que mostra o perfil completo dos profissionais do setor.

Segundo o presidente da CNTA, Diumar Bueno, o objetivo “foi lançar luz sobre as realidades enfrentadas pelos caminhoneiros autônomos, uma vez que não havia estudos focados exclusivamente para esses profissionais”.

Ele acredita que os dados “servirão de base para o desenvolvimento de políticas públicas e privadas que visem melhorar as condições de trabalho, saúde e segurança da categoria”.

A empresa responsável pela pesquisa, AGP Pesquisas, entrevistou 1.006 pessoas presencialmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Bahia, Mato Grosso e Tocantins.

OS DADOS

Segundo os dados, 99% dos caminhoneiros autônomos são homens e 1% mulher. 49% são casados, seguido de 29% solteiros, 12% em união estável, 9% divorciados e 4% viúvos.

A média de idade é de 46 anos e a maioria (77%) tem filhos. No quesito escolaridade, 37% têm ensino médio completo e apenas 3% têm superior completo.

Apenas metade dos motoristas realiza check-ups anuais. Cerca de 47% relatam ter alguma doença, mas somente 31% tomam medicamentos regularmente. Pouco mais da metade considera sua condição física como boa ou ótima.

Os caminhoneiros possuem, em média, 17 anos de experiência e conseguem fretes diretamente com embarcadores e agentes de carga. A remuneração mensal líquida desses profissionais é de R$10 mil.

Um número que chama a atenção é que pelo menos 50% deseja deixar a profissão no futuro. A quantidade de horas trabalhadas pode ser um dos fatores. A pesquisa aponta que eles trabalham, em média, 24 dias por mês, sendo 12 horas por dia. Além disso, metade dos caminhoneiros nunca se sentem seguros nas estradas e 46% já foram vítimas de roubo de cargas. Somente um em cada quatro considera as condições dos pátios como boas ou ótimas.

A apuração pontua também que os veículos utilizados têm em média 11 anos. Dois em cada três caminhões estão quitados, e um percentual baixo de motoristas sente a necessidade de trocá-los. Mais de 80% possuem rastreador e seguro.

A pesquisa completa encontra-se no site da CNTA.

Com informações da CNTA.