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MME apresenta avanços no ‘Combustível do Futuro’

O Ministério de Minas e Energia (MME) realizou nesta segunda-feira (17) a cerimônia de apresentação do programa “Combustível do Futuro: rumo ao E30 e à autossuficiência da gasolina”. Durante o evento, foram divulgados os resultados dos testes conduzidos pelo Instituto Mauá de Tecnologia sobre a evolução da mistura de etanol na gasolina para 30% (E30), reforçando a viabilidade dessa nova composição.

A iniciativa tem respaldo na Lei nº 14.993/24, que regulamenta e incentiva a produção e o uso de combustíveis sustentáveis. Atualmente, a gasolina comercializada no Brasil conta com 27% de etanol, e a nova legislação permite elevar esse percentual para até 30%, um marco inédito no país. A medida tem impacto direto na economia, contribuindo para o controle da inflação e evitando a emissão de 1,7 milhão de toneladas de gases de efeito estufa por ano.

O evento reuniu o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a deputada federal Marussa Boldrin (MDB-GO); o deputado federal Zé Vitor (PL – MG); e representantes de setores para a transição energética: André Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal (PF); Evandro Gussi, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA); Everton Ribeiro Lopes, vice-presidente da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA); e Igor Calvet, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Com investimentos projetados em R$ 260 bilhões, o programa tem potencial para reduzir em 705 milhões de toneladas as emissões de CO₂ até 2037. O Brasil, já referência global em etanol e sustentabilidade, reafirma seu compromisso com a transição energética e a mobilidade de baixo carbono, consolidando-se como líder na produção e no uso de biocombustíveis.

A ampliação da mistura de etanol poderá reduzir em até R$ 0,13 por litro o preço da gasolina, o que contribuirá para o controle da inflação. “Estamos dando mais um passo para transformar a lei do Combustível do Futuro em realidade. O E30 não apenas reduz custos para o consumidor, mas também fortalece a economia e a segurança energética do Brasil”, afirmou o ministro Alexandre Silveira.

A transição do E27 para o E30 também reduzirá a necessidade de importação de gasolina em 760 milhões de litros anuais, impulsionando a produção nacional de biocombustíveis. Segundo o ministro, essa mudança resultará em um aumento de 1,5 bilhão de litros na demanda por etanol e atrairá investimentos estimados em R$ 9 bilhões para o setor. “O E30 é seguro para nossa frota de duas e quatro rodas. Com ele, o Brasil reduzirá sua dependência do mercado internacional e da volatilidade dos preços externos. O valor da gasolina será definido pela competitividade interna, e não pelo preço de paridade de importação”, destacou.

Viabilidade do E30

Os testes do Instituto Mauá de Tecnologia, acompanhados por entidades como Anfavea, Sindipeças, Abraciclo e Abeifa, confirmaram a viabilidade técnica do E30. Com essa comprovação, a proposta de ampliação da mistura para 30% deverá ser encaminhada ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) ainda este ano.

A medida poderá reduzir em 1,7 milhão de toneladas a emissão de gases de efeito estufa por ano, o equivalente à retirada de 720 mil veículos das ruas. O avanço na política de biocombustíveis reforça o papel do Brasil na liderança global da sustentabilidade e na modernização da matriz energética.