Decisão busca arrecadar recursos e executar ações que garantam segurança energética ao Brasil nos próximos anos.

O Ministério de Minas e Energia definiu nesta quarta-feira (21) que 88 projetos de energia elétrica serão prioritários para fins de emissão de debêntures incentivadas. A prioridade vai valer para os próximos seis meses. Debêntures são títulos ao portador emitidos por empresas, instituições ou entidades com a promessa de pagamento de juros após determinado período, negociáveis no mercado.

Do montante total anunciado pela pasta, 59 projetos são de geração, oito de transmissão e 21 de distribuição de energia elétrica. Dos projetos aprovados pelo MME em 2021, já foram emitidas 12 debêntures de infraestrutura – com volume total de R$ 4,3 bilhões.

“As concessionárias e autorizatárias titulares de projetos de energia elétrica, constituídas sob a forma de sociedade por ações, têm buscado utilizar a emissão de debêntures incentivadas de infraestrutura para financiar seus projetos de investimentos, tendo em vista a boa aceitação desses títulos no mercado”, explicou o ministério.

A pasta também informou que, dos sete setores que podem ter projetos de investimento aprovados como prioritários, o setor de energia elétrica é o que apresenta maior quantidade de emissões e de volume de recursos captados via debêntures incentivadas de infraestrutura.

A Frenlogi vê a emissão de debêntures como essencial para possibilitar futuras obras de infraestrutura. E a escolha de projetos na área de energia é um reflexo do momento grave que o Brasil vive – com a pior crise hídrica dos últimos 91 anos e o iminente esvaziamento dos reservatórios de usinas hidrelétricas. Para evitar que o país vivencie novos desabastecimentos e possíveis colapsos, é necessário investir na geração de energia de maneira diversificada – a exemplo das usinas eólicas e solares. E esses investimentos precisam ser feitos imediatamente.

Fonte: IstoÉ Dinheiro