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Levantamento da CNI mostra que 9 a cada 10 empresários brasileiros temem a crise hídrica

A pesquisa também apurou que 98% dos empresários consultados acreditam que haverá aumento de preço no custo de energia neste ano.

A pior crise hídrica enfrentada pelo Brasil nos últimos 91 anos preocupa 90% dos empresários brasileiros. É o que mostra um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado nesta terça-feira (10).

O estudo da CNI foi realizado com 572 empresas entre os dias 25 de junho e 2 de julho. Em detalhe, a pesquisa mostra que 49% dos empresários estão muito preocupados, 41% estão pouco preocupados, 8% não estão preocupados e 1% não sabe.

Os maiores temores entre os empresários industriais são o aumento do custo da energia (83%), possibilidade de racionamento de energia (63%) e instabilidade ou interrupções no fornecimento de energia (61%).

A pesquisa da CNI também aponta que 98% dos empresários consultados acreditam que haverá aumento de preço no custo de energia neste ano. Entre os empresários que acreditam que as tarifas de energia serão reajustadas, 14% acreditam que aumentará pouco, 37% moderadamente e 47% muito.

Outro ponto da pesquisa mostra que a maioria dos entrevistados também espera problemas no fornecimento de energia. Segundo o levantamento, 62% consideram que é provável ou certo que haverá racionamento ou restrições de fornecimento de energia em 2021.

“Há uma preocupação clara com o risco de racionamento e do aumento de custo da energia. Isso pode ter impacto na retomada da produção do segmento industrial, em um momento em que a indústria começa a recuperar a sua produtividade”, explica o especialista em energia da CNI Roberto Wagner Pereira. O representante também espera que as medidas que vêm sendo adotadas pelo Governo Federal minimizem a possibilidade de racionamento e evitem a escalada de custos.

Como resultado da crise hídrica, 52% dos empresários dizem que haverá uma queda na competitividade de suas empresas. Segundo a CNI, 39% consideram essa situação provável e 13% dizem que a perda de competitividade ocorrerá com certeza.

A Frenlogi atua para garantir segurança energética a empresas, produtores, transportadores e consumidores residenciais. A Frente trabalha no Congresso Nacional e ao lado do Governo Federal para encontrar soluções à crise hídrica e energética no Brasil.

Destinar mais recursos à infraestrutura e diversificar a matriz energética nacional são ações necessárias e urgentes para evitar futuras falhas no fornecimento de energia. O Brasil é um dos países que mais utiliza energia limpa do mundo. Para isso se manter, é preciso proteger a natureza, investir no desenvolvimento sustentável e robustecer nossa capacidade energética para que o país não sofra crises semelhantes nos próximos anos.


Fonte: Portal G1