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Leilão do 5G arrecada R$ 46,79 bi e atrai 6 novas empresas para oferta de internet móvel

Expectativa inicial era de que leilão movimentasse R$ 49,7 bilhões. Empresas vencedoras terão que implantar internet em escolas e cumprir outras exigências.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) concluiu nesta sexta-feira (5) o leilão da tecnologia 5G de internet móvel no Brasil. Ao todo, o certame movimentou R$ 46,79 bilhões. O valor ficou abaixo dos R$ 49,7 bilhões esperados inicialmente; porém, alguns lotes não receberam ofertas e podem ser leiloados novamente em 2022.

Do valor arrecadado pelo leilão, R$ 7,4 bilhões são de outorga, mas esse valor não deve ser destinado integralmente ao caixa do Governo. Isso porque o edital prevê que parte do ágio (o valor pago pelas vencedoras acima do preço mínimo de cada lote) será transformado em novos compromissos de investimento.

“Não conseguimos dizer quanto vai para o Tesouro, podemos dizer apenas que R$ 7,4 bilhões é o valor de outorga, mas parte vai pro governo e parte para obrigação, vamos definir isso semana que vem”, pontuou Abraão Balbino e Silva, superintendente da Anatel e presidente da comissão de licitação do 5G.

Lotes não foram arrematados
Apesar do sucesso do leilão, alguns lotes não atraíram interessados. São alguns da faixa de 26GHz, outro do lote nacional da faixa de 3,5GHz e um lote regional da faixa de 2,3GHz. Isso ajuda a explicar o fato de o leilão ter movimentado um valor abaixo do esperado.

O número exato de lotes desertos não foi informado pela Anatel. Balbino e Silva avaliou o resultado do leilão como positivo – mesmo que uma parte dos lotes não tenha recebido lances.

“Do total de lotes disponíveis, mais de 85% daquilo que foi colocado à venda foi comercializado. Basicamente, todas as obrigações de cobertura foram contratadas”, disse. “Não dimensionamos isso [o sucesso do leilão] na perspectiva de lotes vendidos versus não vendidos, dimensionamos de acordo com valor econômico que você disponibilizou e aquilo que você de fato vendeu”, concluiu o superintendente da Anatel.

O leilão
O leilão começou na quinta-feira (4), com a licitação dos lotes das faixas de frequência de 700 MHz, 2,3 GHz e 3,5 GHz, e terminou nesta sexta, com os lotes da faixa de 26GHz.

As faixas de 3,5GHz e de 26GHz serão usadas exclusivamente para o 5G. Já as faixas de 700 MHz e de 2,3 GHz são compatíveis com a tecnologia, mas serão usadas inicialmente para expandir o 4G pelo país – em especial, nas rodovias federais.

As faixas de frequência funcionam como “avenidas no ar”. É por meio delas que o serviço de transmissão de dados será ofertado. O prazo de autorização para exploração das faixas é de até 20 anos.

As vencedoras
Das 15 empresas credenciadas a participar do leilão, 11 levaram pelo menos algum lote. Dessas, cinco já são autorizadas a prestar serviços de telefonia móvel pessoal: Claro, TIM, Telefônica (dona da marca Vivo), Algar Telecom e Sercomtel.

Já as outras seis vencedoras são consideradas estreantes no mercado. São elas:
• Winity (Fundo Pátria);
• Cloud2U;
• Consórcio 5G Sul (Copel Telecom e Unifique);
• Brisanet;
• Neko (Surf Telecom);
• FlyLink.

A Frenlogi considerou como positivo o resultado do leilão da tecnologia 5G no Brasil. O país necessita urgentemente de investimentos em infraestrutura de ponta, e a nova geração de internet móvel será fundamental para atrair e desenvolver boas oportunidades de negócios no país. Apesar de nem todos os lotes terem sido arrematados, o Governo Federal pode fazer uma nova rodada de leilões nos próximos meses com as opções restantes.

O Brasil caminha para adentrar o seleto grupo de países desenvolvidos que já oferecem internet móvel de 5ª geração. Comunicação de qualidade auxilia em um melhor controle logístico do transporte de cargas, com rastreamento em tempo real, altas taxas de transmissão de dados e menores custos a longo prazo. A Frente acompanhará a instalação e a disponibilização dos serviços aos usuários. Além disso, também observará o cumprimento das contrapartidas definidas em edital, como a disponibilização de internet em escolas públicas.


Fonte: Portal g1