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Investimento em infraestrutura pode agregar R$ 40,4 bilhões ao PIB até 2023, diz estudo

Estimativa leva em conta recursos captados em parcerias com iniciativa privada. Levantamento também prevê geração de 943 mil empregos.

Os investimentos públicos em infraestrutura previstos até o fim de 2022 podem render R$ 40,4 bilhões ao PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro até o fim de 2023. O dado considera R$ 28 bilhões na implantação de projetos do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) previstos até o próximo ano em transporte, logística e saneamento. A estimativa faz parte do estudo “Raio X do setor de Infraestrutura”, feito pela LCA Consultores a pedido do Sinicon (Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada – Infraestrutura).

Isso significa que a cada R$ 1 aplicado em infraestrutura, R$ 1,44 é revertido para a economia. Além do impacto sobre o PIB, os investimentos devem gerar 943,5 mil empregos, arrecadação de R$ 6,4 bilhões em impostos e pagamento de R$ 14,4 bilhões em salários.

De acordo com o estudo, o Brasil investiu R$ 123,9 bilhões em infraestrutura em 2019, o que equivale a 1,71% do PIB. Caso a taxa se mantenha, o estoque de infraestrutura –tudo o que havia sido investido, descontada a depreciação– do país deverá cair. Em 2019, foi de 36,36% do PIB e pode chegar a 32,09% até 2040.

Para que o país se equipare à media mundial desse estoque em 20 anos (aproximadamente 69% do PIB), os investimentos têm que chegar a 4,8% do PIB. O percentual é menor que os praticados por países como Paraguai (5,4% do PIB) e Marrocos (5% do PIB).

Além do impacto direto dos investimentos no PIB brasileiro, o levantamento destaca o perfil dos empregos no setor de construção pesada. Dos empregados, 91% são homens e 64,2% são pardos ou pretos. Dos que têm carteira assinada, 33,9% têm de 30 a 39 anos e 84,1% estudaram até completar o ensino médio.

Em 2019, o volume de empregos no setor cresceu 12% em relação a 2018, chegando a 709 mil, mas ainda não alcançou o número de empregados de 2015 (824 mil). O setor da construção pesada é o que melhor remunera funcionários com este recorte, registrando salário 15,6% acima da média de 2018.

Com a diminuição do número de empregos no setor, a renda média desses profissionais também cai – impactando negativamente a economia local e brasileira, mesmo que esses profissionais sejam realocados em outros setores.

A consultoria responsável pelo estudo diminuiu a previsão de crescimento do PIB em 2021: antes projetava 3,2%, mas agora está em 2,8%. A revisão considerou, principalmente, as mudanças no cronograma de vacinação contra a covid-19.

“É bem abaixo da média mundial que se espera, as economias já estão conseguindo ter um cronograma de vacinação bem mais acelerado que o nosso. O ritmo de crescimento econômico vai vir bem maior fora incertezas que a gente sente de possíveis sanções que a gente venha a sofrer por conta desse atraso no cronograma de vacinação”, afirmou a economista Claudia Viegas.

Investir em infraestrutura é o caminho para retomar o crescimento sustentado da economia. Além dos empregos diretos e indiretos que a construção pesada gera, a melhora na infraestrutura de transportes e logística reflete imediatamente na redução de custos e perdas para o produtor.

Com estradas melhor sinalizadas e cuidadas, o desgaste de caminhões de transporte diminui e o frete fica mais barato. Terminais portuários modernos reduzem tempo de transbordo e transporte, o que pode aumentar a produtividade do agronegócio. A Frenlogi incentiva cada vez mais investimentos na infraestrutura pesada brasileira. Ganha quem investe, quem constrói e quem utiliza. O Brasil precisa.

Fonte: Poder 360