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Infraestrutura viária no Brasil: CNT 2024 destaca progresso e desafios

A qualidade das rodovias brasileiras impacta diretamente a eficiência econômica e o desenvolvimento social e logístico do país. Para garantir segurança e fluidez no transporte de pessoas e mercadorias, é essencial contar com uma infraestrutura adequada e dados atualizados sobre as condições das vias.

A Pesquisa CNT de Rodovias 2024, o mais abrangente estudo sobre a infraestrutura rodoviária do Brasil, revelou a classificação geral das rodovias: ótimo (7,5%), bom (25,5%), regular (40,4%), ruim (20,8%) e péssimo (5,8%). Esses dados indicam uma leve melhora na qualidade das estradas, demonstrando que os investimentos no setor estão gerando resultados positivos.

Divulgado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e pelo SEST SENAT na terça (19), o levantamento avaliou 111.853 quilômetros de rodovias pavimentadas, incluindo 67.835 km da malha federal (BRs) e 44.018 km de trechos estaduais.

Classificação por aspectos da infraestrutura

A classificação geral das rodovias leva em consideração três aspectos fundamentais: Pavimento, Sinalização e Geometria da Via. Em 2024, a avaliação desses fatores foi:

  • Pavimento: Ótimo (31,2%), Bom (11,9%), Regular (34,7%), Ruim (16,3%), Péssimo (5,9%)
  • Sinalização: Ótimo (11,6%), Bom (24,3%), Regular (40,9%), Ruim (12,7%), Péssimo (10,5%)
  • Geometria da Via: Ótimo (14,9%), Bom (19,9%), Regular (25,3%), Ruim (23,0%), Péssimo (16,9%)

Investimentos são fundamentais

O investimento contínuo é essencial para garantir uma infraestrutura viária segura e eficiente. A CNT estima que serão necessários R$ 99,7 bilhões para a reconstrução, restauração e manutenção das rodovias brasileiras.

“Continuaremos acompanhando de perto as transformações do setor, fortalecendo a agenda de investimentos e colaborando com os setores público e privado para que o Brasil tenha uma rede rodoviária condizente com seu potencial e com as necessidades da população”, afirma Vander Costa, presidente do Sistema Transporte.

Rodovias públicas x privadas

A pesquisa também permite uma comparação entre rodovias sob gestão pública e privada. Entre as rodovias públicas, que representam 74,8% da extensão avaliada, a classificação foi: ótimo (2,7%), bom (20,0%), regular (43,7%), ruim (25,9%) e péssimo (7,7%).

Já entre as rodovias concedidas à iniciativa privada, 63,1% foram classificadas como ótimo (21,4%) e bom (41,7%), enquanto 30,8% foram consideradas regulares, 5,7% ruins e apenas 0,4% péssimas.

Redução de pontos críticos

Outro dado relevante da pesquisa é a identificação de pontos críticos, que representam riscos significativos à segurança dos motoristas. Em relação ao levantamento anterior, houve uma redução de 7,6% nesses pontos, caindo de 2.648 ocorrências em 2023 para 2.446 em 2024.

Os dados mostram uma queda no número de erosões na pista, buracos grandes e quedas de barreiras. A maior redução ocorreu em rodovias federais sob gestão pública (-17,4%).

Metodologia e abrangência

A Pesquisa CNT de Rodovias é o estudo mais completo sobre a malha rodoviária brasileira. A edição de 2024 utilizou tecnologia digital e inteligência artificial para garantir maior precisão dos dados coletados. A pesquisa foi realizada em campo por 24 equipes ao longo de 30 dias, de 24 de junho a 23 de julho de 2024.

O levantamento abrange 22 variáveis que avaliam pavimento, sinalização e geometria da via, possibilitando uma análise histórica dos investimentos e os impactos na infraestrutura do país.

Acesse aqui o estudo: Pesquisa CNT de Rodovias 2024

Fonte: Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (SETCESP).