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Brasil e Noruega assinam acordo para criar corredor logístico sustentável

O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o embaixador da Noruega, Odd Magne Ruud, em nome do Ministério do Clima e Meio Ambiente da Noruega, assinam acordo para criar corredor logístico

Brasil e Noruega firmaram um memorando de entendimento para promover o transporte marítimo sustentável, contribuindo para as metas climáticas globais. O acordo foi oficializado na quarta-feira (26) em um encontro entre o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o embaixador da Noruega, Odd Magne Ruud, representando o Ministério do Clima e Meio Ambiente norueguês.

A parceria visa estabelecer um corredor marítimo entre os dois países para embarcações que utilizem tecnologia avançada e combustíveis de baixo ou zero carbono, reduzindo significativamente as emissões de gases de efeito estufa. O ministro Silvio Costa Filho ressaltou que a iniciativa representa um marco para o setor logístico. “Esse projeto trará benefícios para o mundo inteiro, não apenas para Brasil e Noruega. Assumimos um compromisso conjunto para tornar o transporte marítimo mais sustentável, aliando desenvolvimento econômico e responsabilidade ambiental, e consolidando o Brasil como referência global nesse segmento.”

O memorando prevê uma série de ações estratégicas, incluindo a operacionalização do corredor marítimo descarbonizado, o fortalecimento da cooperação empresarial entre Brasil e Noruega para fomentar a sustentabilidade, o estímulo a cadeias de valor de baixo ou zero carbono e a contribuição para a Agenda 2030 da ONU e o Acordo de Paris.

“O oceano sempre foi o elo que une Brasil e Noruega. Ambos os países possuem conhecimento e tecnologia para avançar rumo a um transporte marítimo mais sustentável. Com uma tradição marítima consolidada, a Noruega reafirma seu compromisso com a transição energética e enxerga nesse projeto uma oportunidade estratégica para demonstrar ao mundo o potencial de uma navegação sustentável”, afirmou o embaixador Odd Magne Ruud.

Essa colaboração integra esforços globais no combate às mudanças climáticas e faz parte do acompanhamento da “Declaração de Clydebank” sobre corredores marítimos verdes, assinada durante a Cúpula do Clima em Glasgow em 2021 (COP29). Esse foi um dos primeiros compromissos voltados à descarbonização do setor marítimo.

O projeto-piloto contará com a participação de parceiros estratégicos da indústria e institutos de pesquisa em ambos os países para mapear rotas e portos estratégicos, além de viabilizar o uso de combustíveis de emissão zero. Brasil e Noruega pretendem apresentar propostas concretas para um corredor transatlântico sustentável durante a Cúpula do Clima (COP30), que ocorrerá em Belém, de 10 a 21 de novembro deste ano.

Compromisso com a sustentabilidade

No contexto de iniciativas sustentáveis no setor de transportes, o Ministério de Portos e Aeroportos lançou recentemente a primeira Política de Sustentabilidade para o modal logístico. Essa ação inédita no Governo Federal busca incentivar práticas sustentáveis e promover uma agenda ambiental em parceria com associações do setor e outros órgãos, garantindo equilíbrio entre desenvolvimento econômico, preservação ambiental e inclusão social.

A política prevê medidas tanto para entidades públicas quanto para empresas privadas. No setor público, será elaborada a Agenda Anual da Política de Sustentabilidade, que contemplará projetos, estudos e eventuais alterações regulatórias. Para o setor privado, a implementação será viabilizada pelo Pacto pela Sustentabilidade, um compromisso voltado a empresas interessadas em adotar práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).

A agenda inicial da política contempla 15 ações, incluindo a eletrificação de portos para fornecer energia limpa a navios em espera e o uso de combustível sustentável para aviação, conhecido como SAF. De acordo com a Agenda de Sustentabilidade do Ministério de Portos e Aeroportos, o projeto para o modal aquaviário começará a ser implementado nos portos brasileiros ainda este ano.

Fonte: assessoria do Ministério de Portos e Aeroportos.