Compartilhe este post

O Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (23), o Projeto de Lei 13/22, que estabelece novas regras para o transporte aéreo seguro de cães e gatos em voos domésticos. O texto obriga as companhias aéreas a oferecerem opções de transporte adequadas ao porte e às necessidades dos animais, com equipes treinadas e equipamentos apropriados. Como foi modificado pelos senadores, o projeto retorna agora à análise da Câmara dos Deputados.

O projeto tramitava em conjunto com outras três propostas que também tratavam do tema: o PL 1.474/2024, do senador Randolfe Rodrigues (PT-AP); o PL 1.510/2024, do senador Eduardo Gomes (PL-TO); e o PL 1.903/2024, de autoria do senador Wellington Fagundes (PL-MT), presidente da FRENLOGI. A senadora Margareth Buzetti (PSD-MT), relatora da matéria, optou por apresentar um substitutivo que consolidasse os pontos mais relevantes de cada proposta, sob a justificativa de que nenhuma delas, isoladamente, tratava o tema com a profundidade necessária.

A proposta aprovada também exige que as empresas publiquem informações atualizadas e completas sobre os serviços de transporte de animais, respeitando as normas de segurança operacional estabelecidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Os cães-guia continuam com o direito assegurado de viajar na cabine com seus tutores, conforme previsto na Lei nº 11.126, de 2005.

O substitutivo foi motivado por episódios recentes de maus-tratos e mortes de animais durante o transporte aéreo, como o caso da cadela Pandora, que ficou desaparecida por 45 dias, e do cão Joca, que morreu após ser enviado para o destino errado e transportado de forma inadequada. A relatora classificou a aprovação como uma vitória da causa animal, afirmando que, a partir de agora, haverá legislação clara e específica para o setor, o que antes era deixado ao critério das companhias aéreas e, muitas vezes, levava à judicialização.

“O tutor não foi nem sequer indenizado pela morte do cão Joca. Ele entrou na Justiça, mas não havia uma previsão na legislação. Hoje, a companhia será responsabilizada por qualquer dano a esse animal”, afirmou a senadora Margareth Buzetti.

A proposta original da Câmara previa que aeroportos com movimentação superior a 600 mil passageiros por ano deveriam contar com veterinário responsável pelo acompanhamento das condições de embarque e desembarque dos animais. No entanto, essa exigência foi retirada por Buzetti, que a considerou excessiva.

A proposta também teve o apoio da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que reconheceu o avanço das novas regras para a segurança dos animais e a organização e responsabilidade das empresas do setor.

Fonte: com informações da Agência Senado.