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A logística hidroviária da região norte do país ganhou novo impulso com a aprovação de R$ 2 bilhões em projetos pelo Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM). O investimento é estratégico para a expansão da navegação interior e o fortalecimento da infraestrutura fluvial, fundamentais para o escoamento de cargas e a integração modal nos estados da região.

Os recursos serão destinados à construção de embarcações e estruturas de apoio que ampliam a capacidade logística da região, reconhecida por sua vasta malha hidrográfica. Os projetos contemplam desde balsas e barcaças até empurradores e rebocadores, com destaque para os estados do Pará e do Amazonas.

“O Norte é a maior plataforma fluvial do país. Investir em sua infraestrutura hidroviária é garantir eficiência logística, competitividade regional e desenvolvimento sustentável”, destacou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

Logística fluvial em destaque

O estado do Pará concentrará o maior volume de investimentos: R$ 1,4 bilhão. O pacote inclui a instalação de um terminal de transbordo flutuante — estrutura essencial para a conexão entre modais — e a construção de 66 barcaças porta-contêineres, 42 barcaças graneleiras e oito empurradores.

Já o Amazonas receberá R$ 563,9 milhões, distribuídos em quatro projetos. Um dos destaques é o da EdLopes Transportes Ltda, que investirá R$ 220,2 milhões na construção de 36 balsas e três empurradores. O projeto tem previsão de gerar 787 empregos diretos e ampliar a capacidade de transporte de granéis e derivados de petróleo.

A Wilson Sons Serviços Marítimos Ltda também foi contemplada com dois projetos: um voltado à construção de embarcações de apoio à navegação (R$ 157 milhões) e outro para reparos em rebocadores (R$ 16,3 milhões), ampliando a atuação no suporte a operações portuárias e logísticas.

Crescimento do setor naval

A reunião de maio do CDFMM marcou um recorde: foram R$ 22 bilhões aprovados em projetos voltados à construção naval, modernização de embarcações, ampliação de estaleiros e desenvolvimento de infraestrutura portuária em todo o Brasil.

O Fundo da Marinha Mercante (FMM) é gerido pelo Ministério de Portos e Aeroportos e tem como agentes financeiros o BNDES, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e Caixa Econômica Federal. Seu papel é essencial para a sustentabilidade da cadeia logística nacional, especialmente em regiões com forte vocação hidroviária.

Fonte: com informações do Ministério de Portos e Aeroportos.

Fotografia: MPortos, divulgação.