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O diretor-executivo do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (SOPESP) e presidente do Instituto Brasil Logística (IBL), Ricardo Molitzas, participou de uma edição especial do programa Porto & Negócios, da Santa Cecília TV, gravado durante a Intermodal 2025. Ao lado da apresentadora Natalie Nanini e do consultor portuário Casemiro Tércio, Molitzas compartilhou suas perspectivas sobre temas estratégicos essenciais para o futuro do setor portuário.

Dentre os assuntos abordados, Molitzas destacou a importância da modernização do sistema portuário brasileiro e a necessidade de ajustes nas infraestruturas existentes para garantir a continuidade do crescimento do Porto de Santos. “O Porto de Santos não vai parar de crescer, a menos que enfrentemos uma limitação de infraestrutura. E estamos muito próximos disso”, afirmou Molitzas, referindo-se a desafios como a falta de água e a necessidade urgente de melhorias nas vias de acesso.

Em relação ao Leilão Tecon 10 e à concessão do canal, Molitzas expressou confiança nas perspectivas da SOPESP e reforçou o acompanhamento de temas cruciais, como a terceira via dos Imigrantes e a necessidade de ampliar a capacidade do porto para sustentar o crescimento do setor. Ele também alertou sobre o impacto da falta de infraestrutura e a importância de iniciar novas obras, como as perimetrais e o túnel Santos-Guarujá, para garantir maior fluidez na mobilidade urbana.

“Se a obra do túnel não começar até o primeiro semestre de 2026, corremos o risco de não ver a implementação efetiva dessa infraestrutura devido a mudanças de governo”, destacou Molitzas. O diretor-executivo da SOPESP ressaltou que a associação tem trabalhado ativamente para que essas obras saiam do papel ainda neste ano, pois com a execução das obras, o cenário para o porto se transforma, minimizando os congestionamentos e melhorando a conectividade.

Molitzas também comentou sobre o PL 733/25, que está na Câmara dos Deputados e pretende modernizar a legislação dos portos. Segundo ele, a proposta visa acompanhar a evolução do setor e da tecnologia. “A operação portuária se modernizou e continuará se modernizando. A exclusividade no setor portuário já cumpriu o seu papel e não se adequa mais à realidade atual. A modernização da legislação é um passo importante para o futuro”, concluiu.

Em relação ao próprio túnel Santos-Guarujá, Molitzas afirmou que, em sua visão, ele não serve para o transporte de cargas, mas sim para a mobilidade urbana. “A carga hoje, se você olhar o movimento da carga, ela já vai direcionada para as margens, onde será colocada”, explicou. De acordo com ele, o foco principal do túnel deve ser a melhoria do trânsito urbano e a fluidez do transporte de passageiros e de cargas de supermercados e lojas, o que é igualmente essencial para o desenvolvimento e bem-estar da região.

Confira a entrevista ao Porto & Negócios – Especial Intermodal, clique aqui.

Fonte: Youtube de Porto & Negócios.