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Pesquisa da CNT mostra que transporte coletivo urbano de passageiros mantém-se como um serviço essencial de mobilidade no país 

Pesquisa CNT de Mobilidade da População Urbana mostra que o transporte público segue sendo essencial e indispensável para a mobilidade no Brasil.

O estudo identifica os problemas enfrentados pelos usuários do transporte público, auxilia o desenvolvimento de ações e, ainda, fornece subsídios para a formulação de políticas de transporte urbano de passageiros no país. 

Em meio à busca por acesso a melhores condições, chama a atenção, nos resultados, o percentual de pessoas que são favoráveis ao investimento em conforto nas viagens e em soluções ambientais. A coleta indica que mais de 57% dos entrevistados estão dispostos a pagar uma tarifa mais cara para viajarem somente sentados nos ônibus. Em relação à sustentabilidade, 52,6% afirmaram estar dispostos a pagar uma tarifa diferenciada pelo uso de veículos menos poluentes; e 32,1%, pelo uso de ônibus elétricos. 

Alterações na demanda do transporte público 

Por outro lado, em comparação com a edição anterior da Pesquisa, realizada em 2017, a parcela da população que considera o transporte um problema quase dobrou. Em sete anos, passou de 12,4% para 24,3%. O percentual de pessoas que utilizam ônibus também diminuiu. Neste ano, o quantitativo é 14,3 p.p. menor na comparação com 2017, quando a parcela que utilizava esse veículo era de 45,2%. Nesse mesmo sentido, o uso do metrô reduziu de 4,6% para 4,2%. 

Fatores que podem ter influenciado a queda são o aumento da utilização do carro próprio, que passou de 22,2% para 29,6% no período, e a obtenção de moto própria, que também teve um salto significativo. A utilização dessa mais que duplicou, saltando de 5,1% para 10,9% em sete anos. 

Concorrência dos serviços por aplicativos 

Os serviços de viagens oferecidos por aplicativos têm sua cota de responsabilidade na baixa procura por transporte público. Realizada com veículo particular, a modalidade teve uma evolução expressiva nesse período, passando de 1,0%, em 2017, para 11,1%, em 2024. 

É possível que essa evolução seja um dos fatores que contribuem para a substituição de um meio por outro, uma vez que, neste ano, 56,9% dos entrevistados confirmaram que deixaram de usar totalmente o ônibus (29,4%) ou diminuíram o uso (27,5%). Além disso, essa modalidade vem ganhando espaço na população de baixa renda. Segundo a Pesquisa da CNT, dentre as pessoas que substituíram o ônibus pelos aplicativos de transporte, 56,6% pertencem à classe C; e 20,1%, às classes D ou E. 

Serviço essencial 

Mesmo com todas as mudanças, o transporte público coletivo urbano ainda se caracteriza como um serviço fundamental para a faixa populacional de baixa renda, haja vista as classes C e D/E serem as que mais se deslocam por ônibus (79,2%), trem urbano/metropolitano (77,1%) e metrô (62,3%). O alto percentual ressalta a importância de maior atenção ao acesso da população com menor poder aquisitivo. 

O levantamento da CNT (Confederação Nacional do Transporte), realizado com o apoio da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), ouviu 3.117 pessoas em 319 municípios com mais de 100 mil habitantes, de 18 de abril a 11 de maio deste ano. 

Acesse a Pesquisa CNT de Mobilidade da População Urbana 

Fonte: CNT