Você está visualizando atualmente MInfra e Governo de Goiás fecham parceria e lançam Centro de Excelência em Tecnologia Ferroviária

MInfra e Governo de Goiás fecham parceria e lançam Centro de Excelência em Tecnologia Ferroviária

Ministro Tarcísio Freitas e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, formalizaram protocolo de intenções para criação do espaço em Anápolis.

O Ministério da Infraestrutura e o Governo de Goiás firmaram parceria para desenvolver ainda mais o transporte ferroviário brasileiro. O município de Anápolis vai abrigar um polo de inovação para desenvolver pesquisas e projetos que contribuam com o incremento da logística e com o crescimento do modal no Brasil. O primeiro passo foi dado em julho, com o lançamento do Centro de Excelência em Tecnologia Ferroviária (CETF).

O protocolo de intenções assinado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, e pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, prevê a cessão do local pelo governo goiano e o apoio técnico e acadêmico para a execução das atividades por parte do MInfra. O município possui uma posição central privilegiada, com o entroncamento de duas malhas – o tramo central da Ferrovia Norte-Sul e a Ferrovia Centro-Atlântica –, próximo a pátios ferroviários. Além disso, Anápolis é atendido pela BR-060, o que oferece ainda a possibilidade de testes visando uma integração com o transporte rodoviário.

“Se a gente vai ter um impulso no setor ferroviário é necessário que também tenhamos um crescimento em termos de pesquisa ferroviária. Como estamos fazendo concessões ferroviárias, nós alocamos um recurso de desenvolvimento tecnológico em cada uma das concessões e a ideia é ter um local destinado à pesquisa”, explicou Tarcísio Freitas. O ministro participou da cerimônia em Anápolis junto com o secretário nacional de Transportes Terrestres, Marcello Costa. O espaço será constituído através de recursos administrados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

A Universidade Estadual de Goiás também prestará apoio ao projeto com a formação, capacitação técnica e científica de novos profissionais – assim como a universidade federal no estado, que também terá um campus no município.

Segundo o ministro da Infraestrutura, a pesquisa ferroviária que será realizada pelo CETF atrai o interesse da indústria, pois o local terá laboratórios (que ainda não existem no Brasil). Tarcísio viu de perto esse apetite de crescimento do setor durante agenda em Minas Gerais, no início do mês passado. “Uma empresa que tinha 500 funcionários já está com mais de 1 mil, e que estava recebendo 30 encomendas por ano, já vai bater 110. É sinal que esse esforço ferroviário já está irradiando”, afirmou.

A meta do Ministério da Infraestrutura é fazer com que a participação do modal ferroviário na matriz de transportes – que hoje é de cerca de 15% – supere os 35% até 2035. Para alcançar essa meta, a pasta já garantiu mais de R$ 31 bilhões em investimentos contratados junto à iniciativa privada.

Obras na ferrovia Norte-Sul, na de Integração Oeste-Leste (Fiol) e, muito em breve, na de Integração do Centro-Oeste (Fico) serão beneficiadas. A previsão do Governo é que a Fico comece a ser construída a partir de agosto, desde Mara Rosa (GO), onde se conecta à Norte-Sul, em direção a Água Boa (MT). O MInfra também trabalha para a implantação da Ferrogrão – que pretende facilitar o escoamento da safra de grãos do agronegócio do Mato Grosso através dos portos do Pará, no Arco Norte – e para a aprovação do Marco Legal das Ferrovias, que aguarda deliberação no Senado.

O modal ferroviário é fundamental para reequilibrar a matriz nacional de transportes, baratear os custos operacionais de produção e tornar o produto brasileiro mais competitivo no exterior. A Frenlogi defende uma maior participação do transporte ferroviário para desenvolver a economia do Brasil.

O frete por ferrovias é mais barato, mais eficiente, mais sustentável ambientalmente e possibilita o transporte de cargas enormes de uma só vez. A participação da iniciativa privada no desenvolvimento do setor é muito importante, mas não pode ser a única forma de financiamento. Aportar mais recursos públicos no desenvolvimento das linhas férreas brasileiras é uma ação estratégica e urgente. O compromisso da Frente é atualizar legislações, destinar mais verba federal para o modal e encontrar novas oportunidades que beneficiem trabalhadores, consumidores, transportadores e o setor produtivo como um todo.


Fonte: Ministério da Infraestrutura