BR do Mar e indústria naval

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BR do Mar e indústria naval foram os temas abordados em debate virtual reunindo parlamentares, empresários e especialistas nesta sexta-feira, 05. O evento foi mais uma iniciativa da Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura (Frenlogi), mediado

Tiago Lima
Tiago Lima (mediador)

por Tiago Lima, vice-presidente do Instituto Brasil Logística (IBL).

Além do presidente da Frente, senador Wellington Fagundes (PL-MT), convidados participaram dos debates, intitulado BR do Mar e Indústria Naval: Desafios para o seu Fortalicmento. Além de mais de uma centena de participantes, durante todo o tempo.

Os convidados

Assim, expuseram suas ideias e experiências Guilherme Bergmann Vieira, professor e pesquisador da Universidade de Caxias do Sul, Alber Vasconcelos, superintendente de Outorgas da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Sergio Bacci, vice-presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), e Rafael Furtado, membro do Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM).

Palavra da Frenlogi

Wellington Fagundes (presidente da Frenlogi)
Wellington Fagundes (presidente da Frenlogi)

O evento foi aberto pelo senador Wellington Fagundes, em nome da entidade promotora, a Frenlogi. Primeiramente, ele destacou o papel da Frente, como de manter o diálogo com os setores e ser intermediador, nos poderes.

Mas, principalmente, segundo realçou, priorizando sempre a produção e a economia, pelo fortalecimento da logística e da infraestrutura nacionais. De acordo com Fagundes, sempre vislumbrando o cenário de normalidade mais à frente.

Sobre os temas em debate, BR do Mar e indústria naval, o senador mato-grossense evidenciou o tamanho do litoral brasileiro. Isto é, uma área que se estende por quase 8 mil quilômetros. Mas que pode ser de 10 mil quilômetros, se for acrescentado o trecho até Manaus, no Amazonas. 

O senador fez questão de salientar, portanto, os benefícios econômicos que o transporte aquaviário pode trazer à economia nacional. Além de ser o modal que menos prejuízo dá ao meio-ambiente, por ser o meio de transporte menos poluente.

Indústria naval

Por outro lado, fez questão de enfatizar a importância da indústria naval para o Brasil. De acordo com os números que apresentou, ela está presente em pelo menos 10 estados da Federação.

No entanto, os estaleiros têm sido duramente afetados pela crise, conforme lamentou. Dessa forma, esse setor industrial vem encolhendo nos últimos cinco anos e a situação atual só tende a piorar se nada for feito. De dezembro de 2014 para cá, dos 42 estaleiros, 20 fecharam e apenas 15 estão em operação. 

Apesar disso, Fagundes evidenciou a capacidade da indústria naval em gerar emprego. Assim, por conta da cadeia de fornecedores e de pequenos prestadores de serviços nas localidades nas quais está presente.

Enfim, Wellington Fagundes reforçou a importância do Congresso Nacional como espaço para propostas em favor dos setores envolvidos no debate, bem como sobre propostas em geral para a economia brasileira.

A voz da universidade

Professor Guilherme Bergmann
Professor Guilherme Bergmann Vieira

O professor Guilherme Bergmann Vieira, da Universidade de Caxias do Sul, manifestou sua preocupação com a indústria naval. Primordialmente, na sua visão de pesquisador, com respeito à produção de embarcações para a cabotagem.

Dessa maneira, segundo orienta o docente, é necessária uma política de caráter público, na área de investimento, voltada para o setor. Segundo pensa, o papel do Estado é vital para o bom funcionamento da indústria naval. Além da redução da carga tributária específica.

Outorgas aos estaleiros

Na sequência, foi a vez de Alber Vasconcelos, superintendente de Outorgas da Antaq. O dirigente basicamente fez um relato das atividades do órgão que dirige, vinculado ao Ministério dos Tra

Alves Vasoncelos
Alber Vasconcelos (Antaq)

nsportes, do governo federal.

Como destaque de sua intervenção, o registro de oportunidades para a indústria naval. De acordo com ele, há cerca de 1.300 embarcações, no Brasil, com mais de 20 anos de uso. Portanto, prestes a ser renovada ou

reparada.

A palavra da indústria naval

Sergio Bacci
Sergio Bacci (Sinaval)

Então, foi a vez do líder da indústria naval, Sergio Bacci, detalhar a situação do setor. Inicialmente, traçou um quadro de crise. De acordo com ele, de 82.000 empregados até 2014, hoje a indústria naval tem menos de 15.000. 

Dos 240.000 indiretos, hoje tem cerca de 50.000. E. ainda, de 42 estaleiros, hoje há 15. Para ele, a solução brasileira comporta investimentos públicos, uma vez que sem isso é impossível à indústria naval competir a nível internacional.

Fundo da Marinha Mercante

Em seguida, falou Rafael Furtado, conselheiro do Fundo da Marinha Mercante. Em sua exposição, lastreada na apresentação de estatísticas e quadros demonstrativos, Furtado fez um histórico da criação e do funcionamento do FMM.

Para a cabotagem, ele revelou que apenas 6 navios foram construídos, no Brasil, com a utilização do fundo. Porquanto, esses recursos estão indo basicamente para a navegação offshore (de apoio marítimo). Para ele, é fundamental o papel da Frenlogi para estimular o debate no Congresso Nacional.

Palavra final

Ao encerrar o evento, o senador Wellington Fagundes ratificou o papel da Frenlogi no sentido de ser a mediadora entre o Congresso, o setor empresarial, o governo e a sociedade em geral.

O parlamentar confirmou que os debates vão continuar, por iniciativa da Frenlogi. Conforme defende, eles têm papel importante não apenas para o momento da crise, como, sobretudo, para o pós pandemia, dentro do que se chama novo normal.

 

Para assistir o debate, na íntegra, é só acessar o link:

https://www.youtube.com/watch?v=BQe1ttUKC9o