Armazenamento e logística são entraves do agronegócio

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Logística de campo e os desafios em meio à pandemia, foi tema de debate virtual promovido pela Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura (Frenlogi) e o Instituto Brasil Logístico (IBL).

Participaram do evento o senador Irajá (PSD-GO), o vice-presidente do IBL, Tiago Lima, e o diretor-executivo da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Wellington Andrade. O debate foi mediado pela jornalista Amanda Lima, da Incine-Comunicação.

Armazenamento e logística

Dando início ao evento, o senador Irajá colocou dois problemas na live que acabaram norteando as demais intervenções. O parlamentar levantou o que ele considera os dois maiores entraves a um melhor desempenho do agronegócio no Brasil.

Antes de tudo, destacou, não se tratam de problemas do que ele chama “da porteira para dentro”. Ou seja: em termos de produtividade, o agronegócio brasileiro vai muito bem. E praticamente tem sustentado a pauta de exportações do Brasil, na pandemia.

“O problema é da porteira para fora”, esclarece Irajá. De acordo com o senador, para que o agronegócio brasileiro cresça ainda mais é preciso resolver dois fortes obstáculos: o armazenamento e a logística.

Comparações

Conforme exemplificou, enquanto o Brasil tem sua capacidade de armazenamento calculada na base de 20% da produção, a vizinha Argentina chega a 40%. Já os EUA chega a atingir a capacidade de armazenar 65% de sua produção.

Dessa forma, grande parte dos produtores brasileiros, que não possui capacidade própria de armazenamento, é obrigada a vender a produção a qualquer preço. Isso porque, sem capacidade de guardá-la, sem riscos, tem de vendê-la tão logo é colhida.

Transporte rodoviário

Por outro lado, a logística brasileira é maciçamente dominada pelo transporte rodoviário, que é muito caro. Nesse particular, ele também exemplificou: o rio Mississipi, nos Estados Unidos, escoa 70% da produção americana, a um preço de US$ 20 por tonelada. 

Enquanto, no Brasil, o transporte chega a custar US$ 90 por tonelada. “No entanto, temos nosso Mississipi, que é o Tocantins, que não escoa a produção por conta de duas eclusas”, lamentou o parlamentar.

Aprosoja

Por sua vez, o diretor-técnico da Aprosoja-MT, Wellington Andrade, posicionou-se no mesmo sentido. Segundo ele, apesar das taxas elevadas de exportação do agronegócio, a margem de lucro é reduzida, justamente devido ao custo da produção, principalmente motivada pelos dois gargalos: o da logística e o do armazenamento.

O debate na íntegra: